9 de setembro de 2009

OSPF

Iniciaremos uma sessão de postagens interessantes tratando da tecnologia estado de enlace OSPF (Open Shortest Path First), será dividido em:
• Visão Geral do OSPF;
• OSPF em redes com topologia ponto-a-ponto, multiaccess, e NBMA;
• OSPF em múltiplas áreas;
• Troubleshooting numa rede OSPF.
Além da parte teórica, que é essencial para o bom entendimento deste assunto, esta série será recheada de aulas práticas e situações reais com problemas vividos em campo e quais foram as medidas tomadas para a solução.
Obs. Teremos como fator limitador o simulador usado nos laboratórios.
Abaixo segue o layout que nos acompanhará em toda a trajetória:



Agora arregace as mangas e mãos a obra!!!

VISÃO GERAL DO OSPF – Parte I

Para entendermos o que vem a ser este protocolo é necessário sabermos um pouco sobre o estado de enlace, o conceito básico é que cada nó constrói um mapa de conectividade à rede sob a forma de um gráfico mostrando que nós estão conectados e suas adjacências. Cada nó de forma independente calcula o melhor salto lógico para cada destino possível na rede.
O OSPF funciona transformando as redes (roteadores e links) em um grafo orientado, em outras palavras “faz” o desenho completo da rede, e com base em informações como o caminho mais curto ou o mais rápido é que é tomado a decisão do melhor rota a ser utilizada.

Como funciona uma rede cujo protocolo é o OSPF?
Descrevemos um passo a passo de como se inicia uma rede OSPF.

Passo1- Quando a rede “está vazia e sem forma”(qualquer semelhança é mesmo de propósito ...rs...) os roteadores precisam saber quem são os seus vizinhos, se são “roteadores de família”, se falam a mesma língua e, como não podia deixar de ser, se estão vivos, para tanto são enviados pacotes hello periodicamente a cada 10 segundos com esta finalidade.
Obs.: Os pacotes hello são utilizados periodicamente a fim de manter os relacionamentos com os roteadores vizinhos.

Passo 2 – Depois que todos sabem “a vida” um dos outros, os roteadores terão nas suas próprias listas de vizinhos informações de cada um e com isto estabelecerão a comunicação bidirecional, este estado é chamado two-way.

Passo 3 – Chegou o grande momento, agora é que será decido quem manda no pedaço, quem será o DR (Roteador Designado) e o de backup BDR, ou seja, quem irá representar a rede e quem será o seu substituto em caso de problema naquele.
O método utilizado para essa escolha é o valor de prioridade, se houver impasse, o roteador com o endereçamento IP mais alto será o escolhido e o segundo será o BDR.

Passo 4 – O DR e BDR começam uma conversa paralela, sem gaiatos para interromper, nesta conversa são tratados os tipos de LSA, o que inclui: tipo de estado de enlace, o endereço do roteador de anúncio e o número da seqüência do LSA.
Obs.: Não se desesperem se estiverem viajando na maionese quando falo sobre LSA, mais adiante, explicarei com detalhes sobre os tipos de LSA.

Passo 5 – Quando o BRD recebe recebe a informação faz uma comparação com o que ele já tem em mãos e se tiver uma entrada do estado de enlace mais atualizada ele enviará uma solicitação LSR (Solicitação de informação do seu adjacente) para o DR. Quando o DR recebe a solicitação e envia uma resposta mais atualizada o BDR, como é muito educado, agradece a gentileza com um LSAack.

Passo 6 – Tanto o DR quanto o BDR tão sabendo de tudo agora.

Como são escolhidas as rotas?

A métrica utilizada para a escolha do melhor caminho é a largura de banda. A forma como o OSPF faz a conta para saber a largura de banda é muito estranha, 100M/bps, ou seja divide 100.000.000 por bps, sendo assim, se o link for de 100Mbps o custo será 1 mas, e se o link for de 10Gpbs??? O custo também será 1 porque este resultado não pode ser menor do que 1. Portanto quanto menor o custo melhor a rota.

É isso ai galera, vou ficando por aqui, vamos esperar as cenas dos próximos capítulos...

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