OSPF Múltiplas áreas
O segredo do OSPF Múltiplas áreas está no roteamento hierárquico, mas o que vem a ser este tipo de roteamento?
Antes de explicarmos criemos um cenário:
Imaginem uma área OSPF com 300 redes interligadas, agora pensem na quantidade de cálculos e recálculos para as tabelas de roteamento quando houvesse alterações na rede, imaginaram? Pois é pessoal, a CPU dos roteadores envolvidos iriam entrar em colapso nervoso; uma outra problemática seria a tabela de link state, seria enorme, cada roteador teria que ter informação sobre cada uma das 300 redes, ufa que sufoco!!!
Mas nem tudo está perdido, o OSPF pode dividir uma rede como está em áreas menores ai é que entra o roteamento hierárquico, ou seja, separar uma grande rede em áreas pequenas.
Vamos aprender agora sobre os tipos de roteadores envolvidos numa rede com múltiplas áreas:
Está representação acima nos dá uma idéia da disposição dos roteadores envolvidos numa rede com múltiplas áreas, então vejamos cada um deles:
O roteador interno, como o próprio nome já diz, está preocupado apenas com sua área, por este motivo, o tipo de LSA (Link-State Advertisements) é 1, sendo assim os anúncios ocorrem apenas na área determinada.
O roteador ABR (Area Border Router) está interligado em duas áreas diferentes sendo que uma delas é a de backbone, ou como queiram, a área 0, este roteador envia as atualizações resumidas das sub-redes dentro da área interna enviando para a área de backbone*, e é na área de fronteira que deve ser feita a sumarização, este é o lugar onde o LSAs tipos 3 fazem uso das atualizações de roteamento reduzidas para minimizar a sobrecarga na tabela de roteamento em ambas as redes.
O roteador ASBR (Autonomous System Boundary Router) tem uma perninha fora da rede OSPF e, portanto, em outro AS (Sistema Autônomo), usa o tipo 5 de LSA que descreve as rotas para outros Sistemas Autônomos.
Bom pessoal existem outros tipos de LSA (2,4,6 e 7) mas não iremos tratar sobre estes pelo menos por agora, mas continuemos...
Vamos entender agora como os roteadores montam sua tabela de roteamento, vale lembrar que essa informação é um overview, porque a forma é muito mais complexa:
Dentro das áreas internas vocês já sabem, já foi explicado na postagem OSPF;
Em seguida o ABR vê o resultado das áreas internas e gera o LSA de resumo;
Os LSA de resumo são distribuídos para os outros ABR;
Quando os roteadores ABR e ASBR recebem os LSA resumidos, ele inclui em sua base de dados e faz o flood para sua rede local.
Macete: Para reduzir a quantidade de números das rotas mantidas pelos roteadores insternos, você pode definir a área como uma rede que não aceita informações sobre rotas externas do OSPF, agora se eles precisarem rotear para fora, eles podem usar uma rota default.
Então, com tudo isso, vejam que se tiver um problema, do tipo interface que fica o tempo todo up e down isso não será reportado para todas as áreas interligadas, mas ficará por ali mesmo, na área interna, olha que beleza!!!
Então, com tudo isso, vejam que se tiver um problema, do tipo interface que fica o tempo todo up e down isso não será reportado para todas as áreas interligadas, mas ficará por ali mesmo, na área interna, olha que beleza!!!
* A área de backbone é onde todas as outras áreas deverão se conectar para trocar informações, porém, como para tudo tem um jeito, é possível ter uma nova rede que na esteja “fisicamente” conectada a área 0, através de um enlace virtual, explicaremos mais tarde sobre este tipo de enlace.
Bom pessoal por hoje é só, amanhã virei com mais informações, e não se esqueçam, quando terminarmos a parte teórica, que acredito terminas amanhã, iremos fazer uma prática usando o GNS3 numa rede OSPF múltiplas áreas.
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