Modelo de Referência OSI
Hoje vamos falar sobre o modelo de referência OSI (Open System Interconnection) porém, em vez de detalhar demais toda a história, será apresentado de forma prática e nada prolixa..
Lei de Kirchhoff
Lei de Kirchhoff Gustav Kirchhoff foi, pelo menos em minha humilde opinião, um dos físicos mais fantásticos, este teve uma contribuição interessante no ramo dos campos elétricos.
Quem sou eu
Meu nome é Cléber Brito, minha carreira como profissional começou à 14 anos atrás quando terminei o curso de eletrotécnica, naquela ocasião trabalhei como técnico em telefonia instalando e configurando.
Video Aula
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30 de setembro de 2009
28 de setembro de 2009
Indutor
Na passagem da corrente elétrica sobre um condutor é gerado um campo eletromagnético, este muitas vezes é um vilão pois pode interferir diretamente no sinal de outro condutor que esteja próximo dele, mesmo que seja um fio reto como num caso de um cabo FLAT do HD, sim, porque este campo pode ser induzido a outro condutor gerando assim ruído no sinal, ai é que aparece a tão famosa diafonia, para resolver este problema a técnica chamada de cancelamento é utilizada, ou seja, a passagem de corrente (I) em um fio gera linhas de força eletromagnética fato que se tiver outro fio no mesmo circuito eles terão correntes em sentidos opostos, gerando campos eletromagnéticos opostos que se cancelam e anulam.
Unidade de medida da bobina: Henry
Letra que simboliza : L
Transformador
O transformador é um dispositivo eletromagnético constituído por duas bobinas acopladas através de um núcleo magnético de elevada permeabilidade magnética. O princípio de funcionamento do transformador baseia-se no fenômeno da indução eletromagnética, e em particular da indução electromagnética mútua entre bobinas. A principal função de um transformador é elevar ou reduzir as amplitudes da tensão ou da corrente entre as bobinas do primário e do secundário.
26 de setembro de 2009
OSPF - Frame Relay NBMA
Postarei scripts de configuração sobre este assunto importante.
Obs.: Todos os roteadores são Cisco 7200
SW_FR
hostname SW_FR
!
ip subnet-zero
!
frame-relay switching
!
interface Serial1/0
no ip address
encapsulation frame-relay
serial restart-delay 0
frame-relay intf-type dce
frame-relay route 203 interface Serial1/1 302
frame-relay route 204 interface Serial1/2 402
!
interface Serial1/1
no ip address
encapsulation frame-relay
serial restart-delay 0
frame-relay intf-type dce
frame-relay route 302 interface Serial1/0 203
frame-relay route 304 interface Serial1/2 403
!
interface Serial1/2
no ip address
encapsulation frame-relay
serial restart-delay 0
frame-relay intf-type dce
frame-relay route 402 interface Serial1/0 204
frame-relay route 403 interface Serial1/1 304
R2
hostname R2
!
no logging console
!
ip subnet-zero
!
!
!
interface Serial1/0.200 multipoint
ip address 192.168.0.2 255.255.255.0
frame-relay map ip 192.168.0.3 203 broadcast
frame-relay map ip 192.168.0.4 204 broadcast
!
interface Serial1/1
ip address 192.168.2.1 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
router ospf 200
log-adjacency-changes
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 0
network 192.168.2.0 0.0.0.255 area 0
neighbor 192.168.0.4
neighbor 192.168.0.3
!
ip classless
R2#sh ip ospf nei
R2#sh ip ospf neighbor
Neighbor ID Pri State Dead Time Address Interface
192.168.2.2 0 FULL/ - 00:00:31 192.168.2.2 Serial1/1
172.16.0.1 1 FULL/DR 00:01:47 192.168.0.4 Serial1/0.200
192.168.3.1 1 FULL/BDR 00:01:30 192.168.0.3 Serial1/0.200
R2#
Percebam que o DR é o vizinho com o ID 172.16.0.1
Repare também que ele tá pingando pra todo mundo.
R2#ping 255.255.255.255
Type escape sequence to abort.
Sending 5, 100-byte ICMP Echos to 255.255.255.255, timeout is 2 seconds:
Reply to request 0 from 192.168.2.2, 92 ms
Reply to request 0 from 192.168.0.4, 364 ms
Reply to request 0 from 192.168.0.3, 364 ms
Reply to request 1 from 192.168.2.2, 56 ms
Reply to request 1 from 192.168.0.3, 352 ms
Reply to request 1 from 192.168.0.4, 244 ms
Reply to request 2 from 192.168.2.2, 100 ms
Reply to request 2 from 192.168.0.3, 364 ms
Reply to request 2 from 192.168.0.4, 308 ms
Reply to request 3 from 192.168.2.2, 128 ms
Reply to request 3 from 192.168.0.4, 408 ms
Reply to request 3 from 192.168.0.3, 408 ms
Reply to request 4 from 192.168.2.2, 104 ms
Reply to request 4 from 192.168.0.4, 416 ms
Reply to request 4 from 192.168.0.3, 276 ms
Vejam a tabela de roteamento.
R2#sh ip route
Codes: C - connected, S - static, O - OSPF, IA - OSPF inter area
Gateway of last resort is not set
172.16.0.0/32 is subnetted, 1 subnets
O 172.16.0.1 [110/65] via 192.168.0.4, 00:23:53, Serial1/0.200
O192.168.4.0/24 [110/128] via 192.168.0.4, 00:23:53, Serial1/0.200
C192.168.0.0/24 is directly connected, Serial1/0.200
C192.168.2.0/24 is directly connected, Serial1/1
O192.168.3.0/24 [110/128] via 192.168.0.3, 00:23:53, Serial1/0.200
R3
hostname R3
!
no logging console
!
ip subnet-zero
!
!
!
interface Serial1/0.300 multipoint
ip address 192.168.0.3 255.255.255.0
frame-relay map ip 192.168.0.2 302 broadcast
frame-relay map ip 192.168.0.4 304 broadcast
!
interface Serial1/1
ip address 192.168.3.1 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
!
router ospf 300
log-adjacency-changes
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 0
network 192.168.3.0 0.0.0.255 area 0
neighbor 192.168.0.2
neighbor 192.168.0.4
!
ip classless
R4
hostname R4
!
ip subnet-zero
!
!
!
interface Loopback0
ip address 172.16.0.1 255.255.0.0
!
!
interface Serial1/0
no ip address
encapsulation frame-relay
serial restart-delay 0
!
interface Serial1/0.400 multipoint
ip address 192.168.0.4 255.255.255.0
frame-relay map ip 192.168.0.2 402 broadcast
frame-relay map ip 192.168.0.3 403 broadcast
!
interface Serial1/1
ip address 192.168.4.1 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
router ospf 400
log-adjacency-changes
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 0
network 192.168.4.0 0.0.0.255 area 0
neighbor 192.168.0.2
neighbor 192.168.0.3
!
ip classless
R5
hostname R5
!
ip subnet-zero
!
!
!
interface Serial1/0
ip address 192.168.2.2 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
router ospf 500
log-adjacency-changes
network 192.168.2.0 0.0.0.255 area 0
!
ip classless
R6
hostname R6
!
ip subnet-zero
!
interface Serial1/0
ip address 192.168.3.2 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
!
router ospf 600
log-adjacency-changes
network 192.168.3.0 0.0.0.255 area 0
!
ip classless
R7
hostname R7
!
!
ip subnet-zero
!
!
interface Serial1/0
ip address 192.168.4.2 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
!
!
router ospf 700
log-adjacency-changes
network 192.168.4.0 0.0.0.255 area 0
!
ip classless
25 de setembro de 2009
Dynagen
O pessoal Master Blass que estão se preparando para a prova prática do CCIE tem usado este emulador e elogiado bastante, daí vocês podem perceber como é legal este programa.
Passo-a-Passo de instalação:
1 - Baixa o programa do dynagen http://dynagen.org/.
2 - Se você estiver usando a versão do windows, favor baixar e instalar a biblioteca do wincap. http://www.winpcap.org/ baixa por aqui mesmo.
3 - Depois que instalar os dois programinhas, baixar a imagem do IOS (1700/2600/3600/3700/7200) e instalar no diretório "imagens".
Bom deixo abaixo o link do site oficial, vai ser muito util, acreditem para continuar com a configuração, asseguro a vocês que é bem simples.
http://dynagen.org/tutorial.htm
23 de setembro de 2009
Capacitor
- Capacitor;
- Indutor (Bobina, Transformador);
- Semicondutores (diodo, transistor);
- Fonte de alimentação básica;
- Fonte de alimentação chaveada;
- Técnicas de manutenção (Macete).
C=Q/VOnde:
C = Capacitância dado em Farad;
Q = Carga elétrica dado em Coloumb;
V= Tensão elétrica.
22 de setembro de 2009
OSPF- FR Point-To-Point
Nota 1: Esta postagem tem por objetivo falar sobre o comportamento do OSPF numa rede Frame-Relay Point-to-Point, orientação detalhada de como configurar uma rede OSPF neste cenário será postado mais tarde.Nota 2: O objetivo é apenas para comparar - link PPP/HDLC X Frame-Relay Point-To-Point.
PE#sh run*Obs. Eu divulguei logo tudo!!!
Building configuration...
interface Serial0/0/0
no ip address
encapsulation frame-relay
!
interface Serial0/0/0.200 point-to-point
ip address 10.0.0.13 255.255.255.252
frame-relay interface-dlci 200
!
interface Serial0/0/0.300 point-to-point
ip address 10.0.0.17 255.255.255.252
frame-relay interface-dlci 300
!
router ospf 100
log-adjacency-changes
network 10.0.0.12 0.0.0.3 area 0*
network 10.0.0.16 0.0.0.3 area 0*
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 0
!
PE#sh frame-relay map
Serial0/0/0.200 (up): point-to-point dlci, dlci 200, broadcast, status defined, active
Serial0/0/0.300 (up): point-to-point dlci, dlci 300, broadcast, status defined, active
Tabela de roteamento do roteador PE
PE#sh ip route ospfRepare que aqui também não há o DR nem BDR. Se fosse uma rede broadcast na parte em negrito estaria 1 FULL/DR ou BDR ou DROTHER.
O 172.16.0.0/16 [110/65] via 10.0.0.14, 01:30:54, Serial0/0/0.200
O 192.168.1.0/24 [110/65] via 10.0.0.18, 01:32:50, Serial0/0/0.300
PE#sh ip ospf neighbor
Neighbor ID Pri State Dead Time Address Interface
192.168.1.1 1 FULL/- 00:00:34 10.0.0.18 Serial0/0/0.300
172.16.0.1 1 FULL/- 00:00:39 10.0.0.14 Serial0/0/0.200
PE#
Configuração relevante:
PE#sh run
interface FastEthernet0/0
ip address 192.168.0.1 255.255.255.0
duplex auto
speed auto
!
interface Serial0/0/0
no ip address
encapsulation frame-relay
!
interface Serial0/0/0.200 point-to-point
ip address 10.0.0.13 255.255.255.252
frame-relay interface-dlci 200
!
interface Serial0/0/0.300 point-to-point
ip address 10.0.0.17 255.255.255.252
frame-relay interface-dlci 300
!
router ospf 100
log-adjacency-changes
network 10.0.0.12 0.0.0.3 area 0
network 10.0.0.16 0.0.0.3 area 0
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 0
!
ip classless
12 de setembro de 2009
OSPF - PPP
Abaixo temos uma representação de uma rede ponto-a-ponto:
interface Serial0/3/1
ip address 10.0.0.9 255.255.255.252
encapsulation ppp
clock rate 56000
!
router ospf 100
log-adjacency-changes
network 10.0.0.8 0.0.0.3 area 0
network 10.0.0.4 0.0.0.3 area 0
Bahia#sh ip route
Gateway of last resort is not set
10.0.0.0/30 is subnetted, 2 subnets
C 10.0.0.8 is directly connected, Serial0/3/1
O 10.0.0.12 [110/128] via 10.0.0.10, 00:12:04, Serial0/3/1
Bahia#sh ip ospf neighbor
Neighbor ID Pri State Dead Time Address Interface
10.0.0.10 1 FULL/- 00:00:36 10.0.0.10 Serial0/3/1
Bahia#ping 10.0.0.13
Type escape sequence to abort.
Sending 5, 100-byte ICMP Echos to 10.0.0.13, timeout is 2 seconds:
!!!!!
Success rate is 100 percent (5/5), round-trip min/avg/max = 11/17/33 ms
Pernambuco#ping 10.0.0.5
Type escape sequence to abort.
Sending 5, 100-byte ICMP Echos to 10.0.0.5, timeout is 2 seconds:
!!!!!
Success rate is 100 percent (5/5), round-trip min/avg/max = 12/17/32 ms
9 de setembro de 2009
Efeito Joule
Ela pode ser expressa por:
Q = I^2.R.Tonde
Q = Q é o calor gerado por uma corrente constante percorrendo uma determinada resistência elétrica por determinado tempo.
I = é a corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência R.
R = é a resistência elétrica do condutor.
t = é a duração ou espaço de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao condutor.
Unidade joule
W = Q.U
onde:
W é o trabalho elétrico (em joule).
Q é a carga (em coulomb).
U é a diferença de potencial (em volt).
Este aquecimento se dá porque os elétrons colidem-se uns com os outros.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Joule
OSPF
• Visão Geral do OSPF;
• OSPF em redes com topologia ponto-a-ponto, multiaccess, e NBMA;
• OSPF em múltiplas áreas;
• Troubleshooting numa rede OSPF.
Além da parte teórica, que é essencial para o bom entendimento deste assunto, esta série será recheada de aulas práticas e situações reais com problemas vividos em campo e quais foram as medidas tomadas para a solução.
Obs. Teremos como fator limitador o simulador usado nos laboratórios.
Abaixo segue o layout que nos acompanhará em toda a trajetória:
Agora arregace as mangas e mãos a obra!!!
VISÃO GERAL DO OSPF – Parte I
Para entendermos o que vem a ser este protocolo é necessário sabermos um pouco sobre o estado de enlace, o conceito básico é que cada nó constrói um mapa de conectividade à rede sob a forma de um gráfico mostrando que nós estão conectados e suas adjacências. Cada nó de forma independente calcula o melhor salto lógico para cada destino possível na rede.
O OSPF funciona transformando as redes (roteadores e links) em um grafo orientado, em outras palavras “faz” o desenho completo da rede, e com base em informações como o caminho mais curto ou o mais rápido é que é tomado a decisão do melhor rota a ser utilizada.
Como funciona uma rede cujo protocolo é o OSPF?
Descrevemos um passo a passo de como se inicia uma rede OSPF.
Passo1- Quando a rede “está vazia e sem forma”(qualquer semelhança é mesmo de propósito ...rs...) os roteadores precisam saber quem são os seus vizinhos, se são “roteadores de família”, se falam a mesma língua e, como não podia deixar de ser, se estão vivos, para tanto são enviados pacotes hello periodicamente a cada 10 segundos com esta finalidade.
Obs.: Os pacotes hello são utilizados periodicamente a fim de manter os relacionamentos com os roteadores vizinhos.
Passo 2 – Depois que todos sabem “a vida” um dos outros, os roteadores terão nas suas próprias listas de vizinhos informações de cada um e com isto estabelecerão a comunicação bidirecional, este estado é chamado two-way.
Passo 3 – Chegou o grande momento, agora é que será decido quem manda no pedaço, quem será o DR (Roteador Designado) e o de backup BDR, ou seja, quem irá representar a rede e quem será o seu substituto em caso de problema naquele.
O método utilizado para essa escolha é o valor de prioridade, se houver impasse, o roteador com o endereçamento IP mais alto será o escolhido e o segundo será o BDR.
Passo 4 – O DR e BDR começam uma conversa paralela, sem gaiatos para interromper, nesta conversa são tratados os tipos de LSA, o que inclui: tipo de estado de enlace, o endereço do roteador de anúncio e o número da seqüência do LSA.
Obs.: Não se desesperem se estiverem viajando na maionese quando falo sobre LSA, mais adiante, explicarei com detalhes sobre os tipos de LSA.
Passo 5 – Quando o BRD recebe recebe a informação faz uma comparação com o que ele já tem em mãos e se tiver uma entrada do estado de enlace mais atualizada ele enviará uma solicitação LSR (Solicitação de informação do seu adjacente) para o DR. Quando o DR recebe a solicitação e envia uma resposta mais atualizada o BDR, como é muito educado, agradece a gentileza com um LSAack.
Passo 6 – Tanto o DR quanto o BDR tão sabendo de tudo agora.
Como são escolhidas as rotas?
A métrica utilizada para a escolha do melhor caminho é a largura de banda. A forma como o OSPF faz a conta para saber a largura de banda é muito estranha, 100M/bps, ou seja divide 100.000.000 por bps, sendo assim, se o link for de 100Mbps o custo será 1 mas, e se o link for de 10Gpbs??? O custo também será 1 porque este resultado não pode ser menor do que 1. Portanto quanto menor o custo melhor a rota.
É isso ai galera, vou ficando por aqui, vamos esperar as cenas dos próximos capítulos...
7 de setembro de 2009
Ritalina - O remédio do CDF???
Nesta sessão que se inicia (Curiosidades) iremos tratar sobre essa medicação que, diga-se de passagem, está sendo muito utilizada e quais são seus efeitos colaterais e implicações para que usam.
Metilfenidato (nome comercial Ritalina) é uma substância química, utilizada como fármaco do grupo das anfetaminas com ação no lóbulo pré-frontal. É usada para tratamento medicamentoso dos casos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), narcolepsia e hipersônia idiopática do sistema nervoso central (SNC). Pesquisas atuais demonstram que sua utilização é altamente recomendada nos casos em que o tratamento terapêutico e o acompanhamento familiar já foram iniciados. A TDAH é um transtorno metabólico neural, que resulta em comportamentos mal adaptados; o metilfenidato pode favorecer a quebra do "círculo vicioso" criado pela hiperatividade em especial . Como toda medicação, o metilfenidato deve ser usado e dosado por profissional médico especializado neste tipo de transtorno. Por ser uma medicação psicoestimulante, seu uso provocaria uma maior produção e reaproveitamento de neurotransmissores, a exemplo: dopamina e serotonina. Entretanto, há controvérsia sobre a produção e reaproveitamento da serotonina pelo cérebro das pessoas portadoras do TDAH. Especialistas no transtorno, atualmente, não crêem que haja prejuízo no controle deste neurotransmissor, ao contrário do que ocorre com a noradrenalina.
História
O primeiro estudo clínico de que se tem registro, avaliando a eficácia de um estimulante para o tratamento da síndrome de hiperatividade, data do ano de 1937. Charles Bradley dirigiu, então um estudo em que se administrava anfetamina (benzedrina) a um grupo de crianças hiperativas. As conclusões da experiência foram entusiasmantes: observaram-se progressos significativos. Anos mais tarde, em 1944, sintetizou-se pela primeira vez o metilfenidato. Durante a Segunda Guerra Mundial experimentaram-se inumeros variantes químicos da anfetamina, em busca de moléculas análogas, mas com efeitos colaterais menos severos.
Em 1954,[3] o novo composto foi patenteado. A ação do metilfenidato sobre o organismo humano revelou, comparado às classes farmacêuticas conhecidas até o momento, surtir menos efeitos colaterais neurovegetativos (sobretudo, vasoconstritores e broncodilatadores). Reações adversas como a redução do apetite e a insônia mostraram-se menos frequentes e melhor toleradas.
Indicações originais
A companhia farmacêutica Ciba (precursora da Novartis lançou o produto no mercado em 1955, com o nome de Ritalina. Foi utilizado em uma série de indicações. Não tardaram a chegar as primeiras informações sobre sua função nos tratamentos de narcolepsia.[4] O Physician's Desk Reference de 1957 afirmava que estava indicado em casos de fadiga crônica e estados de letargia e depressivos, incluindo aqueles associados com agentes tranquilizantes e outras drogas, conduta senil perturbada, psiconeuroses e psicoses associadas com depressão.
No começo dos anos 1960, popularizou-se no tratamento de crianças com TDAH. Neste tempo a Ritalina ganhava grande atenção devido a reportagens sobre o uso corrente entre celebridades do mundo político[6] e da ciência, como o astronauta Buzz Aldrin, e o matemático Paul Erdős.
Indicações
Mecanismo de ação
É um potente inibidor da recaptação da dopamina e da noradrenalina. Bloqueia a captura das catecolaminas pelas terminações das células nervosas; impede que sejam removidas do espaço sináptico. Deste modo a dopa e a nora extracelulares permanecem ativas por mais tempo, aumentando significamente a densidade destes transmissores nas sinapses. O metilfenidato possui potentes efeitos agonistas sobre os receptores alfa e beta adrenérgicos. O fármaco eleva o nível de alerta do sistema nervoso central. Incrementa os mecanismos excitatórios do cérebro. Isto resulta numa melhor concentração, coordenação motora e controle dos impulsos.
Efeitos colaterais
O uso do Metilfenidato pode causar efeitos colaterais como:
• Perda de apetite
• Perda de sono
• Alteração do humor
• Dores no estômago
• Ressecamento dos labios
O uso de metilfenidato pode ocasionar efeitos cefaléicos, taquicárdicos, palpitações, hipertensão arterial, febre, erupções cutâneas, queda de cabelo, agressividade, em casos extremos hepatoblastoma, anemia, perda de peso, leucopenia, hipersensibilida, visão embaçada e convulsões. Pacientes que realizaram o tratamento com metilfenidato e fizeram abuso de bebidas alcoolicas relatam moderada resistência aos efeitos do álcool, porém os efeitos malignos causados por tal abuso resultaram em grande desconforto psiquico e físico. Foi relatado também por estes pacientes que devido a potencialização de felicidade causada pelo aumento de serotonina e de concentração pelo aumento de dopamina estes fizeram uso de superdose do fármaco, cerca de 50 mg, que no caso do paciente é um número cinco vezes maior do que a dosagem prescrita pelo médico. Após três horas da superdosagem o paciente iniciou o quadro de desconforto, tal quadro possuia os seguintes sintomas: nauseas, tontura, hipertermia, cefaléia, agressividade, agitação, taquicardia, midríase e secura das mucosas( associadas a perda de água pela inibição do hormônio ADH em decorrência do uso de àlcool. Conclui-se que o uso de metilfenidato como potencializador do SNC em pacientes na adolescência ou pacientes que tenham qualquer histórico de alcoolismo deve ser revisado evitando casos como o citado a cima.
Terapêutica
A dose usada em crianças a partir de seis anos varia entre 2,5 a 50 mg por dia inicialmente, que pode ser elevada ao máximo de 300 mg por dia. A dose, de acordo com o peso da criança, é de 2 mg/Kg de peso. As doses devem ser dadas preferencialmente pela manhã e na hora do almoço, para não prejudicar o sono. Esta medicação é retirada rapidamente de circulação pelo fígado. Quando a finalidade é melhorar o desempenho acadêmico não haverá necessidade de tomar a medicação nos fins de semana e nas férias. Apesar dessa medicação induzir a dependência nos usuários sem transtorno de hiperatividade, os estudos nessa área mostram que dificilmente uma criança que tenha feito uso prolongado se tornará dependente. Isto é um dado constatado.[carece de fontes?]
Os idosos que não toleram os efeitos colaterais dos antidepressivos podem se beneficiar do metilfenidato. Estudo feito com esta população, mostrou ser uma medicação eficaz com risco de dependência praticamente zero.[carece de fontes?]
Considerações importantes
Não deve ser usado em pacientes em uso de tranilcipromina ou equivalente, em pacientes com arritmias cardíacas, com a síndrome de Tourette, em pacientes psicóticos, com distúrbios de movimentos e com problemas na produção de células sanguíneas. É preferível evitar durante o primeiro trimestre da gestação, apesar de nunca ter sido comunicado efeito deletério no feto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metilfenidato