Modelo de Referência OSI

Hoje vamos falar sobre o modelo de referência OSI (Open System Interconnection) porém, em vez de detalhar demais toda a história, será apresentado de forma prática e nada prolixa..

Lei de Kirchhoff

Lei de Kirchhoff Gustav Kirchhoff foi, pelo menos em minha humilde opinião, um dos físicos mais fantásticos, este teve uma contribuição interessante no ramo dos campos elétricos.

Quem sou eu

Meu nome é Cléber Brito, minha carreira como profissional começou à 14 anos atrás quando terminei o curso de eletrotécnica, naquela ocasião trabalhei como técnico em telefonia instalando e configurando.

Video Aula

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26 de outubro de 2009

AUSÊNCIA

Bom, ficarei ausente duas semanas por motivo pessoal. Trarei muitas novidades.

22 de outubro de 2009

DNS

Ontem estava lendo uns emails e o meu cunhado perguntou-me, - Cléber me tire uma dúvida, como é que o computador sabe o endereço certinho dum site? Esta foi a pergunta, sem tirar nem pôr nada, respondi a ele que o “computador converte este nome para um tipo de endereço que os servidores da internet conhecem, é assim que “ele acha os sites”. Claro que esta resposta foi dada a um usuário normal de computador e que não precisa saber muito sobre o funcionamento do DNS, mas, como este não é o nosso caso iremos tratar hoje sobre este assunto essencial para o profissional de TI e depois faremos duas práticas, uma num servidores W2K3 e outra em um roteador cisco.

Princípio

Nos primórdios, na época da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network) a forma de mapear os nomes aos endereços IP era através do arquivo, hosts.txt, para que você possa ter uma idéia de como é este arquivo, siga este passo-a-passo:
  1. Iniciar
  2. Executar
  3. Digite exatamente este caminho, %systemroot%\system32\drivers\etc\hosts , e quando perguntar qual programa abrir, abra com o notepad, você verá um texto semelhante a este abaixo:
# Copyright (c) 1993-1999 Microsoft Corp.
#
# Este é um arquivo HOSTS de exemplo usado pelo Microsoft TCP/IP para #Windows.
#
# Este arquivo contém os mapeamentos de endereços IP para nomes de host. #Cada
# entrada deve ser mantida em uma linha individual. O endereço IP deve
# ser colocado na primeira coluna, seguido do nome de host correspondente.
# O endereço IP e o nome do host devem ser separados por pelo menos um
# espaço.
#
# Adicionalmente, comentários (como estes) podem ser inseridos em linhas
# individuais ou após o nome de computador indicado por um símbolo '#'.
#
# Por exemplo:
#
# 102.54.94.97 rino.acme.com # servidor de origem
# 38.25.63.10 x.acme.com # host cliente x

127.0.0.1 Localhost

Na época da ARPANET estava tudo bem, pois eram algumas centenas de endereços, só que as coisas começaram a mudar de figura, “em muito pouco tempo”, como diz o King Size do Rio de Janeiro, milhares de computadores começaram a se conectar nesta rede, a partir daí foi criado uma solução escalável, o DNS.
Se você quiser ver este assunto na fonte, consulte as RFC 1034 e 1035. O objetivo principal deste é o de mapear um nome em um endereço IP. Vou parafrasear a explicação de Andrew S. Tanenbaum, por achar muito completa, irei apenas enxertar algumas coisinhas, segue:
"Para mapear um nome em um endereço IP, um programa aplicativo chama um procedimento de biblioteca denominado resolvedor (cliente DNS) e repassa a ele o nome como um parâmetro. O resolvedor envia um pacote UDP (Porta 53) a um servidor DNS local, que procura o Nome e retorna o endereço IP ao resolvedor. Em seguida, o resolvedor retorna o endereço IP ao programa aplicativo que fez a chamada. Munido do endereço IP, o programa pode então estabelecer uma conexão TCP com o destino ou enviar outros pacotes UDP até ele."

Como dissemos no início a internet cresceu de maneira vertiginosa, por isso foi necessário criar no DNS uma forma de escalável, por isso, foi projetado os domínios (nome que serve para localizar e identificar conjuntos de computadores em uma rede) de maneira hierárquica, a figura abaixo ilustra muito bem isto:



Ai entra o conceito de FQDN (Fully Qualifield Domain Name), ou domínio absoluto, como queiram, é um nome de domínio totalmente qualificado, trocando em miúdos através deste é possível identificar a posição do nó na hierarquia do DNS, por exemplo, imaginem este endereço, teste.com.br, o “teste” é o nome do computador, “com.br” o nome de dois domínios, se este domínio existisse eu poderia colocar, ao digitar o endereço, um ponto no final do endereço que por default é omitido, que funcionaria que é uma beleza. Já no caso do domínio relativo ou PQDN (Partially-Qualified Domain Names) não coloca o nome completo do endereço, isto causa algumas restrições, uma delas é que este tipo de referência a um dispositivo no domínio só é exeqüível dentro de um contexto de um domínio específico e não pode usar o ponto no final.


Vamos falar agora sobre o Registro de Recurso, o RR.

Quando um computador solicita alguma informação ao DNS na verdade ele está pegando informação deste registro, ele é composto de 5 campos como segue abaixo com a explicação de cada campo resumidamente:
Domain_name = Informa o nome do domínio ao qual esse registro se aplica.
Time_to_live = Para a maioria dos registros de recursos, esse campo é opcional. Ele indica um período de tempo usado por outros servidores DNS para determinar por quanto tempo as informações de um registro devem ser armazenadas em cache antes de expirar e serem descartadas. Por exemplo, a maioria dos registros de recursos criados pelo serviço do servidor DNS herda um TTL mínimo (padrão) de 1 hora do registro de recurso de início de autoridade (SOA), o que impede um armazenamento em cache por tempo demasiado por outros servidores DNS. Para um registro de recurso individual, você pode especificar um TTL específico para o registro que substitua o TTL mínimo (padrão) herdado do registro de recurso SOA. Valores iguais a zero (0) para o TTL também podem ser usados para registros de recursos que contêm dados voláteis que não devem ser armazenados em cache para uso posterior após a consulta DNS em curso ser concluída..
Class = Contém texto mnemônico padrão indicando a classe do registro de recurso. Por exemplo, uma configuração igual a "IN" indica que o registro de recurso pertence à classe Internet.
Type = Contém texto mnemônico padrão indicando o tipo do registro de recurso. Por exemplo, um mneumônico "A" indica que o registro de recurso armazena informações de endereço de host. Este campo é obrigatório. Têm também o SOA – que fornece o nome da principal fonte de informações sobre a zona do DNS; o CNAME que nada mais é que nomes alternativos dado, por exemplo, não sei se vocês perceberam mas a maioria dos sites começam com WWW, na verdade o WWW é um alias de um outro nome, só para exemplificar dêem um ping para o endereço do WWW.google.com.br e verá que um outro nome responderá, o PTR é usado para permitir pesquisas de endereços IP e retornar o nome da máquina correspondente, tem mais types, se você quiserem poderão pesquisar nas RFC 1034 e 1035 citadas acima.
Vamos falar um pouco agora sobre os tipos de consultas, há dois tipos a recursiva e a autoritativa.
Quando o servidor DNS recebe uma consulta, ele primeiro verifica se tem autoridade para responder à consulta com base nas informações de registro de recurso contidas em uma zona configurada localmente no servidor. Se o nome consultado corresponde a um registro de recurso nas informações de zona local, o servidor responderá autoritativamente, usando essas informações para resolver o nome consultado.
Se não houver informações de zona para o nome consultado, o servidor verificará se pode resolver o nome usando informações de consultas anteriores armazenadas localmente em cache. Se uma correspondência for encontrada, o servidor responderá com essa informação. Novamente, se o servidor preferencial puder responder ao cliente solicitante com uma resposta positiva correspondente em seu cache, a consulta será concluída.
Se o nome consultado não encontrar uma resposta correspondente no servidor preferencial -- nas informações em cache ou de zona -- o processo de consulta poderá continuar usando recursão para resolver totalmente o nome. Isso envolve a ajuda de outros servidores DNS para resolver o nome. Por padrão, o serviço de cliente DNS solicita que o servidor use um processo de recursão para resolver totalmente nomes solicitados pelo cliente antes de retornar uma resposta. Na maioria dos casos, o servidor DNS é configurado, por padrão, para fornecer suporte ao processo de recursão.

20 de outubro de 2009

VBscript IV

Por sugestão de Rauhmaru, vou “começar do começo” acerca das postagens de Vbscript, na verdade, a idéia é tratar de alguns detalhes que foram deixados para trás.

Para se entender VBScript o primeiro passo é saber um conceito bem básico:


O que é WSH (Windows Script Host)?

Trata-se de um componente que você usa para executar scripts no Sistema Operacional Windows.

O fato do WSH não está atrelado a nenhuma linguagem de programação dá a ele uma flexibilidade bem interessante, mas como o WSH está atrelado ao Windows, nada mais obvio que ele use nativamente dois tipos de Script Engines para rodar seus scripts, o Jscript e o Vbscript, como o nosso foco é Vbscript iremos falar apenas dele.

Outro ponto importante para ser explanado é o conceito de Hosts, estes são os programas que executam os scripts que criamos, podem ser: Cscript.exe e o Wscript.

A diferença entre o CScript e o WScript é que um excuta é excutado no prompt de compando e o outro utiliza o recuso de Interface Gráfica com o Usuário.

Para saber os parâmetros opcionais do CScript para customizar seu ambiente no WSH basta digitar Cscript no prompt, apertar e saíra o seguinte resultado:

C:\Documents and Settings\Administrador>Cscript
Microsoft (R) Windows Script Host Versão 5.7
Copyright (C) 1996-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
Uso: CScript scriptname.extension [opção...] [argumentos...]
Opções:
/B Modo em lotes: Suprime a exibição de erros de script e de prompts
/D Ativa a depuração ativa
/E:mecanismo Usa o mecanismo para executar o script
/H:CScript Altera o host do script padrão para CScript.exe
/H:WScript Altera o host do script padrão para WScript.exe (padrão)
/I Modo interativo (padrão, oposto de //B)
/Job:xxxx Executa um trabalho WSF
/Logo Exibe o logotipo (padrão)
/Nologo Impede a exibição do logotipo: Nenhuma faixa será mostrada em tempo de execução
/S Salva as opções da linha de comando atual para este usuário
/T:nn Tempo limite em segundos: Tempo máximo permitido para a execução de um script
/X Executa o script usando o depurador
/U Usa Unicode para E/S redirecionada do console

Na postagem anterior falamos sobre Objetos, certamente vocês devem se lembrar, pois é, agora vamos aprender efetivamente a trabalhar com objetos. Como explicado anteriormente o que realmente importa no uso de objetos é como o Vbscript se comunica com ele para usar as suas funcionalidades, normalmente ele é um arquivo binário, uma DLL.

Mas como poderemos manipular os objetos? Através de Métodos e Propriedades.

Vi no site Criarweb uma explicação legal que gostaria de compartilhar com vocês, segue:

Vamos ver como faríamos um modelo em um esquema POO de uma fração, ou seja, essa estrutura matemática que tem um numerador e um denominador que divide ao numerador, por exemplo, 3/2.

A fração será o objeto e terá duas propriedades, o numerador e o denominador. Logo, poderia ter vários métodos como simplificar, somar com outra fração ou número, subtrair com outra fração, etc.

Estes objetos poderão ser utilizados nos programas, por exemplo, em um programa de matemática seria feito o uso de objetos. Os programas Orientados a objetos utilizam muitos objetos para realizar as ações que se desejam realizar e eles mesmos também são objetos.

Agora, falando em termos práticos, como podemos chamar um método?

Há três formas diferentes de chamar um método. Vou mostrar a vocês quais são abaixo:
Object.Method

Está é a forma mais simples de chamar um método, coloca-se o nome do objeto um ponto e em seguida o nome do método, neste caso não é necessário qualquer entrada de script, nem retornar dados para o script.
Object.Method (Parâmetro)

Este é quase a mesma coisa que o anterior, a única diferença é que esta abordagem passa dados para o método usando um ou mais parâmetros.

Os parâmetros são fornecidos como uma lista separada por vírgulas.

MyVariable = Object.Method([Param1, Param2, … ,Paramn])

Já nesta última forma, usa-se uma variável para chamar o método.

Agora vamos mostrar algumas abordagens padrão para a elaboração e
recuperar os valores das propriedades de um objeto:

Object.Property = Value

Nesta sintaxe pode-se colocar diversos valores, como por exemplo, um número ou até mesmo uma string.

Object1.Property1 = Object2.Property2

Você pode fixar a propriedade de um objeto à propriedade de outro objeto.

Object1.Property1 = Object2.Method([Param1])

Você pode fixar a propriedade de um objeto ao valor de retorno de outro objeto
método.

MyVariable = Object.Property

Se você quiser recuperar o valor de propriedade e armazenar isto em uma variável, use o código acima. A sintaxe é bem parecido ao do método a única diferença é o uso do parênteses

18 de outubro de 2009

RIP - Configuração Básica

17 de outubro de 2009

Cinemática escalar

Estava pensando sobre que assunto iria postar hoje, daí, veio-me uma pergunta: qual o perfil dos leitores do meu blog? Sinceramente não sei, mas enfim, na dúvida resolvi reservar toda sexta-feira para tratarmos de um assunto novo: O VESTIBULAR. Nestas postagens iremos resolver apenas questões de provas passados das seguintes matérias: matemática, física e química; serão apenas estas, por imaginar que o tipo de pessoa que acessa o meu blog gosta de tecnologia e as matérias que mais são cobradas nos vestibulares para esta área são as citadas.
Pois bem, se você leitor, quiser se preparar para o vestibular do ano que vem pode contar comigo, iremos durante o ano de 2010 superar mais este desafio, digo “nós” porque acho que vou fazer outra graduação, e pelo visto será alguma coisa na área de exatas.
Bom, para esquentar as turbinas vamos resolver três questões, uma fácil, outra média e por fim uma Master Blass, de física que tratam de Cinemática Escalar.

1. Segundo um comentarista esportivo, um juiz de futebol, atualmente, ao apitar um jogo corre em média 12 km por partida. Considerando os 90 minutos de jogo, é correto afirmar que a velocidade escalar média com que um juiz de futebol se move no campo é de quantos km/h?

Resp. Para resolver esta questão é bem simples, basta usarmos a fórmula de Velocidade Escalar Média (Vm)

Vm = ∆s / ∆t

Agora substituindo os valores teremos:

Vm = ?
∆s = 12 km
∆t = 1,5h

Vm = 12/1.5 = 8km/h

2. As posições de um ponto material variam em função do tempo de acordo com o gráfico abaixo.



Determine a velocidade escalar nos instantes 4s e 9s.

Resp. Vamos raciocinar um pouco. Não vamos considerar os dois primeiros segundos porque o móvel estava em repouso, neste caso então veja no gráfico que a linha é ascendente no intervalo de tempo entra 2s até 6s, está inclinação indica que é a velocidade também é positiva.
Sendo assim é só aplicar a fórmula da Vm.

V = 10 – (-10) / 6 – 2 = 5m/s

Agora perceba que de 6s até 9s o movimento é retrógrado, pois a inclinação do gráfico é negativa e, portanto a velocidade também é negativa, sendo assim.

V = 0-10/9-6 => -3,3 m/s

3. Um trem de 400m de comprimento com velocidade de 20m/s para atravessar um túnel de 1800m de comprimento gasta um tempo de...?

Resp. Nesta questão precisamos mudar um pouco a estratégia, perceba que ele já dá a VM e dois comprimentos, que chamaremos de ltr = 400 e lte = 1800, com isto temos informações suficientes para montar a nossa fórmula, segue.

20 = 400+1800/t

Neste caso chegaremos ao resultado, 1min 50s


Bom pessoal, assim se seguira esta série de postagens chamada VESTIBULAR, a idéia é contemplar todos os assuntos das matérias envolvidas para que no final do ano que vem tenhamos um material legal para revisão

16 de outubro de 2009

VBscript - Parte III

Nota: A proposta deste mini-curso não é o de torná-lo desenvolvedor, por este motivo para que você possa saber quais comandos usar sugiro a você os sites da technet, do msdn  e até mesmo o próprio Google, ou algum livro cujo o foco seja VBScript, por exemplo: VBScript, WMI, and ADSI Using VBScript, WMI, and ADSI to Automate Windows® Administration.

Como profissional de redes, você necessitará muitas vezes otimizar tarefas, e o VBscript será muito útil nesta incumbência. O objetivo da postagem de hoje será ensinar o caminho das pedras para que possa criar seu próprio script. Para começarmos mostrarei a você um exemplo prático que poderá ser usado na sua própria empresa, então vamos deixar de conversa mole e, mãos à obra!!!

O primeiro é passo escrever, enumere num “pré-script” o que você deseja, escreva tudo o que você quer fazer com o máximo de detalhamento possível, seguindo uma seqüência lógica.

Vamos fazer um script que servirá para mapear uma pasta de rede e uma impressora:

Primeiro passo é escrever o que queremos, no nosso exemplo será dividido da seguinte forma:

1. Mensagem de boas vindas;
2. Mapear a pasta “Teste para a unidade X: ;
3. Mapear uma impressora e fazê-la default;
4. Mensagem de conclusão.

Agora pessoal é usar os recursos sugeridos acima para a criação do script. Segue abaixo script criado por mim e que funciona:

'MENSAGEM INICIAL
Msgbox "Clique em OK para mapear a pasta TESTE na Unidade X: e seja instalada_ a impressora de rede."
'EVITAR QUE OS ERROS PAREM A EXECUÇÃO DO SCRIPT.
on error resume next
'O WshNetwork É USADO PARA COMPARTILHAMENTO DE REDE.
Dim WshNetwork
Set WshNetwork = WScript.CreateObject("WScript.Network")
'PARA EVITAR ERRO DE PASTA JÁ MAPEADA.
WshNetwork.RemoveNetworkDrive "X:",True,True
'LINHA USADA PARA ASSOCIAR A UNIDADE X: À PASTA COMPARTILHADA (TESTE).
WshNetwork.MapNetworkDrive "X:", "\\casa\teste"
'LINHA USADA PARA MAPEAR IMPRESSORA E EM SEGUIDA COLOCA-LA COMO 'PADRÃO.
WshNetwork.AddWindowsPrinterConnection "\\casa\HPtest"
WshNetwork.SetDefaultPrinter "\\casa\HPtest"
'MENSAGEM FINAL.
Msgbox "Tarefa executada com exito!"

13 de outubro de 2009

RIP - Teoria

Hoje vou falar sobre um assunto mais light: Protocolo de roteamento de vetor de distância, mais especificamente o RIP (Routing Information Protocol).
Mas, para que a informação seja acessível a todos vamos dar uma visão geral do que vem a ser protocolo de roteamento. Para explicar imaginemos o protocolo de roteamento como o recurso de GPS que nos indica o melhor caminho, ou rota a seguir, levando em consideração, por exemplo, o tráfego das vias e a menor distância, da mesma forma o protocolo de roteamento se encarrega de definir a melhor rota (caminho) para o tráfego de pacotes segundo o seu protocolo, neste caso poderá ser: menor quantidade de saltos entre roteadores, largura de banda e muitos outros critérios.
No caso do vetor de distância temos dois protocolos o RIP e o IGRP, aquele considera a quantidade de saltos para determinar qual a melhor rota, tendo como limitador apenas 15 saltos até a rede final, ou seja, com a métrica 16 já é considerada como uma rota infinita. Veja abaixo como funciona a decisão do melhor caminho:




Pois é pessoal, para o RIP o melhor caminho SEMPRE é o que tiver a menor quantidade de saltos, mesmo que este seja mais lento mas, você pode se perguntar, como o RIP descobre a rede para saber qual caminho tem o menor número de saltos?

Veja o passo-a-psso:


  1. Os roteadores descobrem as redes conectadas a ele;
  2. Trocam entre si atualizações anunciando as suas redes para os outros roteadores, isto acontece a cada 30 segundos;
  3. Neste momento são avaliadas as rotas umas das outras, a menor métrica (contagem de saltos) sempre ganhará;


Vamos entender melhor como isso funciona através da figura abaixo.




Perceba que os roteadores criam uma tabela indicando as redes e suas respectivas métricas, vamos tomar como exemplo o roteador da extremidade à direita, veja que as redes 5.0.0.0 e 4.0.0.0 estão com a métrica 0 isto se dá porque estas redes estão conectadas diretamente ao roteador, já as redes 3.0.0.0 e 2.0.0.0 as suas métricas são 1, isto se dá porque o roteador vizinho anunciou que para chegar a estas redes é necessário dar um salto, já a rede 1.0.0.0 a métrica é 2, perceba que para chegar até esta rede é necessário dois saltos, esta rede também foi aprendida pelo roteador vizinho que já informou que depois dele ainda tem mais um salto.

Vamos agora dificultar um pouco mais as coisas, analisemos a figura abaixo:



Quando há mais de um caminho com a mesma métrica as opões de implementação indicam ou o uso da primeira rota aprendida ou até mesmo o balanceamento de carga, com apenas um fator limitador, só pode ser feito isso com no máximo 6 caminhos de custos iguais.
Agora imaginem que uma das redes caia, ai teremos um outro problema, veja na figura abaixo:




O Router2 vai anunciar aos roteadores Router1 e Router4 que a rede 5.0.0.0 está fora, só que o Router3 enviou para o Router1, antes mesmo de receber esta informação, que para chegar até a rede 5.0.0.0 ele pode ir pelo Router4;
O Router1 vai achar que pode mesmo chegar até a rede 5.0.0.0 pelo Router4 através do Router3, neste ínterim até mesmo o Router2 vai começar a achar que pode chegar até a rede 5.0.0.0 através do Router4,
Neste momento todos os roteadores terão informações incorretas nas suas tabelas, isso vai causar um loop de roteamento e vai consumir uma grande largura de banda .

Existem algumas soluções para resolver este problema:

1º Split Horizon - É um método de prevenção de loop de roteamento, sendo assim, uma informação sobre o encaminhamento de uma rede que caiu nunca será enviado de volta no sentido de que foi recebido, ou seja, se o Router2 disse aos Roteadores vizinhos que a rede 5.0.0.0 caiu, ele não vai aceitar uma informação diferente vinda desses mesmo roteadores a respeito da rede 5.0.0.0.
* Com esta solução ainda assim poderá haver problemas devido à velocidade com que um roteador aprende uma rota falha, ou seja, no exemplo citado acima, o Router3 ains está sujeito a declarar uma informação errada aos roteadores vizinhos.

2º Route Poisoning (Envenamento de rota) - Quando um roteador detecta uma falha numa rede, coloca as entradas correspondentes ao infinito (custo 16), e publica esse caminho durante algum tempo, sendo assim, ao invés de deixar de anunciar, quando ela envenena a rota colocando aquela rede com métrica 16, os roteadores que recebe este anuncio encara esta rede como inalcançável.

3º Split Horizon com poison reverse – Quando está tudo rodando perfeito a rede se comporta como se fosse com o Split Horizon normal, porém quando uma rota é anunciada com uma métrica infinita, quem recebe a atualização anuncia uma rota de métrica infinita para a subrede através de todas as interfaces, incluindo as normalmente protegidas pela split horizon.

4º Timer de interrupção – Está solução serve de apoio ao poison reverse, pois quando um roteador recebe uma informação de uma rota como falha ele irá ignorar toas as boas informações sobre essa rede até que tenha se passado o tempo suficiente para que todos tomem conhecimento das más informações, este tempo é de 180 segundos enquanto o tempo para atualização como já foi dito é de 30 segundos, portanto tempo de sobra.

Existem duas versões para o RIP a 1 e a 2, as principais diferenças, pelo menos no meu ver, entre estas versões é que a 2 suporta VLSM, portanto subredes são entendidas pela versão 2 coisa que na 1 apenas redes cheias são entendidas por ela, outra diferença que há é que em vez de enviar atualizações em broadcast a versão 2 usa um endereço de multicast 224.0.0.9 o que diminui bastante a quantidade de processamento nos roteadores que não rodam o RIP.

Iremos fazer uma vídeo-aula ensinando a configurar o RIP.

12 de outubro de 2009

VBscript Parte II

Vamos falar um pouco sobre alguns termos usados pelos “fazedores de scripts” e, se inclua neste hall desde já, o primeiro será o termo;

FUNÇÃO:

Podemos definir função como um conjunto de códigos que é identificado por um nome, tem por principal finalidade executar uma tarefa e dar um retorno de forma amigável, há dois tipos de funções: as embutidas no Windows e outras personalizadas, por exemplo, a função date() nos retorna a data atual, veja que está funcionalidade é importante, pois, sempre que precisarmos poderemos chamar as funções em qualquer parte do nosso script e como exemplo, copie e cole o script abaixo num editor de texto e salve como data.vbs:


date()
MsgBox date

porém você também pode criar a sua própria função customizada, iremos aprender isso mais tarde.

Outro ponto importante ainda neste assunto são as subrotinas, ao contrário da função, que retorna um valor, aquele não retorna nada, em termos simples uma subrotina é um código que é escrito separadamente e é usado apenas onde for necessário e quantas vezes você quiser. Vou demonstrar um pequeno script que mostra a aplicabilidade de uma subrotina:


Sub sub_messagem (messagem_que_esta_rodando)
MsgBox messagem_que_esta_rodando, vbOkOnly, "Importante mensagem"
End Sub
sub_messagem "Está mensagem é uma prova de que conseguimos inserir a informação na subrotina!!!"

Sub = Demonstra o início da declaração da rotina.
sub_mensagem = O nome da subrotina, .
(mensagem_que_esta_rodando) = Usado para transmitir argumento à rotina.
vbOkOnly = Indica quais botões para exibir ao chamar a função MsgBox.
“Importante mensagem” = Informação apresentada.
End Sub = Finalizando a declaração da rotina
Sub_mensagem “texto” = usado para chamar a rotina inserindo o texto nele.

VARIÁVEL:

Em termos simples uma variável é área onde é armazenado na memória um dado temporariamente, ele deve ser identificado por um nome para que possa ser identificado dentro de um programa de computador e, como o próprio nome diz, ele pode ser variado, segue abaixo um exemplo simples de uma variável e a sua aplicabilidade:

Option Explicit
dim exemplo_de_variavel
exemplo_de_variavel="Está começando bem!!!"
msgbox exemplo_de_variavel


O Option Explicit serve para forçar os anúncios Dim, ou seja, qualquer tentativa de usar uma variável não declarada ocasionará um erro. A declaração de variáveis antes de usá-las faz com que o script seja executado mais rapidamente, se você o omitir o VBscript assumirá por default que qualquer declaração que não seja identificada seja uma variável.

O Dim serve para declarar a variável, no script acima a variável foi “exemplo_de_variavel”

OBJETO:

Um objeto é uma funcionalidade externa, geralmente empacotados em uma DLL, portanto escrito no padrão COM.
Para informação o COM (Component Object Model) é uma especificação que descreve como o código pode ser empacotado em objetos, tornando assim fácil (relativamente falando) para implantar, e para outros desenvolvedores usar. Fisicamente, objetos COM normalmente são aplicadas em arquivos DLL que, se você verificar o conteúdo da pasta System32 do computador, vai encontrar muita coisa lá.
VBScript é completamente capaz de utilizar objetos COM. Isso é um poderoso recurso porque a maioria dos aplicativos de funcionalidade do Windows usam componentes COM.

11 de outubro de 2009

O que você consegue ver no comando show interface.

Como vão todos? Hoje estava lembrando dum curso que ministrei em SP e um dos alunos mostrou-me um material bem legal, explicando sobre o comando “show interface + tipo da interface + número” não sei de onde ele tirou esta informação, portanto quem souber favor me avisar, mas vou mostrar a vocês, espero que gostem:

Para se ter um detalhamento das configurações específicas de uma interface é possível utilizar o comando show interface. O exemplo abaixo mostra o resultado em uma interface ethernet com o comando show.

Router#sh int s1/0
Serial1/0 is up, line protocol is up
Hardware is M8T-X.21
Internet address is 192.168.0.2/30
MTU 1500 bytes, BW 1544 Kbit, DLY 20000 usec,
reliability 255/255, txload 1/255, rxload 1/255
Encapsulation HDLC, crc 16, loopback not set
Keepalive set (10 sec)
Restart-Delay is 0 secs
Last input 00:00:07, output 00:00:02, output hang never
Last clearing of "show interface" counters never
Input queue: 0/75/0/0 (size/max/drops/flushes); Total output drops: 0
Queueing strategy: weighted fair
Output queue: 0/1000/64/0 (size/max total/threshold/drops)
Conversations 0/1/256 (active/max active/max total)
Reserved Conversations 0/0 (allocated/max allocated)
Available Bandwidth 1158 kilobits/sec
5 minute input rate 0 bits/sec, 0 packets/sec
5 minute output rate 0 bits/sec, 0 packets/sec
2 packets input, 48 bytes, 0 no buffer
Received 2 broadcasts, 0 runts, 0 giants, 0 throttles
0 input errors, 0 CRC, 0 frame, 0 overrun, 0 ignored, 0 abort
5 packets output, 1062 bytes, 0 underruns
0 output errors, 0 collisions, 1 interface resets
0 output buffer failures, 0 output buffers swapped out
2 carrier transitions DCD=up DSR=up DTR=up RTS=up CTS=up




Campo

Descrição


Serial ... is {up | down}
...is administratively down
Indica se a interface de hardware está atualmente ativa (quando a portadora é detectada) e/ou se a interface foi desabilitada pelo administrador.
line protocol
is {up | down}
Usado para indicar se o processo de software responsável por manusear a linha está utilizável, ou se foi desativado pelo administrador.
Hardware is...
Especifica o tipo de hardware usado na interface.
lnternet address is...
Mostra o endereço IP e a máscara de sub-rede utilizados na interface.
MTU
Unidade máxima de transmissão na interface.
BW 1544 Kbit
Indica o valor da largura de banda especificada por você através do comando bandwidth.
DLY
Atraso (Delay) da interface em microssegundos.
Rely
Confiabilidade de interface, onde 255/255 corresponde a 100%. Calculado através da média exponencial sobre 5 minutos.
Load
Carga da interface, onde 255/255 é que está completamente saturado. Calculado através da média exponencial sobre 5 minutos.
Encapsulation
Método de encapsulamento atribuído a interface; neste caso foi usado o padrão ARP.
Loopback
Indica se o loopback está configurado ou não.
Keepalive
Indica se o keepalive está configurado ou não.
Last input
Número de horas, minutos e segundos desde que o último pacote foi recebido com sucesso pela interface.
Last output
Número de horas, minutos e segundos desde que o último pacote foi transmitido com sucesso pela interface.
Output hang
Número de horas, minutos e segundos (pode aparecer como "never") desde de que a interface foi reiniciada devido a uma transmissão muito longa.
Output queue, drops
input queue, drops
Número de pacotes nas filas de entrada e saída. Cada número é seguido de uma barra ( / ), onde lê-se o tamanho maior da fila / número de pacotes descartados devida ao preenchimento total da fila.
Five minute input rate
Five minute output rate
Média do número de bits a pacotes transmitidos / recebidos por segundo nos últimos 5 minutos.
Packets input
Número total de pacotes livres de erros recebidos pelo sistema.
Bytes input
Número total de bytes, incluindo dados e MAC nos pacotes livres de erro recebidos pelo sistema.
No buffers
Número de pacotes recebidos e descartados devido à falta de espaço disponível no buffer.
Received ... broadcasts
Número total de pacotes do tipo broadcast ou multicast recebidos pela interface.
Runts
Número de pacotes recebidos e descartados devido a serem menores que o tamanho mínimo de pacote.
Giants
Número de pacotes recebidos e descartados devido a serem maiores que o tamanho máximo de pacote aceito.
lnput error
Número total, considerando os contadores no buffer, runts, gints, CRC, frame, overrun, ignored e abort.
CRC
Checagem de redundância cíclica, gerada pela estação de origem ou por um outro dispositivo com intuito de assegurar que o pacote não foi adulterado durante a transmissão.
Frame
Número de pacotes recebidos contendo CRC incorreto. Para linhas seriais, este efeito colateral é causado devido a ruídos ou outros problemas.
Overrun
Número de vezes em que o hardware serial foi incapaz de receber dados e colocar em buffer devido à taxa de entrada exceder a capacidade de manuseio dos dados.
Ignored
Número de pacotes recebidos e ignorados pela interface. Broadcasts e ruídos são agravantes que podem aumentar consideravelmente este contador.
Abort
Seqüência ilegal de bits na interface serial. Este contador indica que há um problema no clock entre a interface serial e o equipamento de link de dados.
Packets output
Número total de mensagens transmitidas pelo sistema.
Bytes output
Número total de bytes, incluindo dados e MAC nos pacotes livres de erro transmitidos pelo sistema.
Underruns
Número de vezes que o transmissor está sendo executado mais rápido do que o roteador passa manusear.
Output errors
Soma de todos os erros que causaram o final da transmissão de um datagrama saindo da interface.
Collisions
Número de mensagens retransmitidas devido a colisões Ethernet.
lnterface resets
Número de vezes em que a interface foi completamente reiniciada.
Restarts
Número de vezes em que a controladora foi reiniciada devido a erros.
Carrier transitions
Número de vezes em que o sinal da portadora foi detectado na interface
serial, alterando assim seu estado.

10 de outubro de 2009

VBScript - Parte I

Bom estava pensando sobre de que forma iria abordar o assunto VBscript, e cheguei a seguinte conclusão: vou apresentar a você um curso completo de VBscript, desde scripts básicos de gerenciamento até de WMI (Windows Management Instrumentation).

Informações úteis:

Nota 1
Antes de executar os arquivos criados, veja se o Windows está associando a extensão .vbs para o VBscript, para isso siga os seguintes passos:
1. Abra o Windows Explorer;
2. Clique em “Ferramentas e depois em “Opções de pasta”;
3. Vá até “Tipos de Arquivo”
4. Veja se a extensão VBS está associada ao “VBscript Script File”.
Se assim estiver estamos começando bem, isto é importante porque ao dar um duplo clique no arquivo criado, automaticamente o script será executado como Microsoft Windows Script Host, é o que acontece ao clicarmos num arquivo .xls e o Excel é automaticamente acionado.


Nota 2
Na mesma parte “Opções de pasta” vá até “Modo de exibição”, “Configurações Avançadas” e desmarque a opção “Ocultar as extensões dos tipos de arquivo conhecidos”, está informação é importante, pois ao escrevermos um script no bloco de notas, ele pode tentar salvar como .txt pois esta extensão esta oculta, ai o seu arquivo poderá ficar assim (teste.txt.vbs), ou então você pode simplesmente clicar em “Salvar como” selecionar na parte “Salvar como tipo” coloque em “todos os arquivos” e salve o arquivo com a extensão .vbs.

Nota 3
É importante que seu computador esteja numa rede qualquer, mesmo que esta rede seja a internet através de seu modem ADSL.

Inicialmente usaremos o bloco de notas como nossa principal ferramenta, mas se você assim desejar poderá baixar o PFE (Programmer’s File Editor) é uma ferramenta free e é um pouquinho melhor do que o notepad, pois enumera as linhas e isso nos ajudará e muito na hora de depurar erros nas linhas escritas.
Neste curso iremos aprender sobre; conceitos e terminologias tais como: variável, função, objetos e muitos outros termos; também será abordado como projetar script, como fazer a depuração, compreenderemos o WMI, aprenderemos como trabalhar com arquivos de sistema, iremos ver também como o VBscript pode ser útil no dia-a-dia do administrador de redes, por exemplo: quando for preciso executar algum comando no momento do logon ou logoff dos usuários numa rede, mapear pastas, mapear impressoras de rede, enfim, iremos ver muitas coisas legais neste curso.
Será postado freqüentemente um assunto novo seguindo uma seqüência lógica e numa linguagem de fácil entendimento.

Para esquentar as turbinas vou deixar com vocês dois scripts simples.
É só copiar e colar no bloco de notas e salvar com a extensão .vbs.
Outro detalhe é concernente as aspas, têm que ser exatamente como está no script.

“ = errado.
" = certo.
‘ = errado.
' = certo.

==============================================================
1º Script

objetivo = InputBox("Apenas com uma palavra, escreva o que você quer ser")
'Display the user's name
MsgBox "Você já é " & objetivo
==============================================================
2º Script

Set objWMI = GetObject("winmgmts:\\" & _
".\root\cimv2")
Set colOS = objWMI.ExecQuery("SELECT " & _
"* FROM Win32_OperatingSystem")
For Each objOS In colOS
MsgBox "O seu serial é: " & _
objOS.SerialNumber
Next
==============================================================

Para o segundo script, após executa-lo, clique com o botão direito do mouse no ícone “Meu computador” na área de trabalho depois vá até “Propriedades” e confira o número na parte “Geral”.

9 de outubro de 2009

Fonte de Alimentação

7 de outubro de 2009

OSPF numa rede Frame-Relay

5 de outubro de 2009

OSPF - Múltiplas Áreas II

Dando continuidade a OSPF múltiplas áreas, iremos tratar incialmente de um assunto providencial, enlaces virtuais, esta solução ajuda a resolver um problema que pode existir em qualquer grande corporação: a interconexão de duas áreas OSPF sem que uma delas esteja conectada à área de backbone. Leia atentamente o seguinte diálogo e entenda em que situação isso pode acontecer:


- A nossa empresa está abrindo mais uma filial em uma Cidade próxima daqui, acontece que o pessoal de infra-estrutura nos disse que seria mas fácil e rentável interligar essa nova rede ao roteador da área 1 do OSPF e não a de backbone, e ai tem como configurar essa nova rede a já existente?

- Sim, claro que é possível.
- Mas tem um problema.
- Qual problema chefe?
- Essa nova rede, por questão de organização, não poderá fazer parte da área 1, portanto terá que ser criada a área 3, e ai “você é tem condições de fazer”?
- Precisarei de um tempo para estudar, mas de antemão digo que é possível sim.
- Pois bem você tem 2 dias para me mandar o projeto pronto e testado para que eu possa enviar para a diretoria. Agora arregace as mangas e mãos a obra!!!


Figura da Infra-estrutura:




Vamos ajudar o nosso amigo analista a descascar este abacaxi.
Endereçar todas as interfaces
Habilitar o OSPF
Anunciar as redes com suas devidas áreas
Criar o link virtual.

Simples né?

Ao configurarmos o link virtual na verdade estamos criando uma área de trânsito entre os roteadores R1 e R0, ou seja o roteador R5 terá uma conexão lógica com a área 0 através deste caminho chamado “link virtual”.

Abaixo segue script de uma rede simples contendo este cenário acima demonstrado pela figura:

R0#sh run
Building configuration...
!
hostname R0
!
ip subnet-zero
!
interface Serial1/0
ip address 192.168.0.1 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
interface Serial1/1
ip address 10.0.0.1 255.0.0.0
serial restart-delay 0
!
router ospf 100
log-adjacency-changes
area 1 virtual-link 192.168.0.2
network 10.0.0.0 0.255.255.255 area 0
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 1
!
ip classless
!
End

R1#sh run
Building configuration...
!
hostname R1
!
ip subnet-zero
!
!
interface Serial1/0
ip address 192.168.0.2 255.255.255.0
serial restart-delay 0
!
interface Serial1/1
ip address 172.16.0.2 255.255.0.0
serial restart-delay 0
!
router ospf 100
log-adjacency-changes
area 1 virtual-link 192.168.0.1
network 172.16.0.0 0.0.255.255 area 3
network 192.168.0.0 0.0.0.255 area 1
!
ip classless
!
!
end

R4#sh run
Building configuration...
!
hostname R4
!
ip subnet-zero
!
!
interface Serial1/0
ip address 10.0.0.2 255.0.0.0
serial restart-delay 0
!
!
!
router ospf 102
log-adjacency-changes
network 10.0.0.0 0.255.255.255 area 0
!
!
end



R5#sh run
Building configuration...
!
hostname R5
!
ip subnet-zero
!
!
!
interface Serial1/0
ip address 172.16.0.1 255.255.0.0
serial restart-delay 0
!
!
router ospf 200
log-adjacency-changes
network 172.16.0.0 0.0.255.255 area 3
!
ip classless
!
!
End




Tabela de Roteamento

R1#sh ip route
Codes: C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area
N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
o - ODR, P - periodic downloaded static route

Gateway of last resort is not set

C 172.16.0.0/16 is directly connected, Serial1/1
O 10.0.0.0/8 [110/128] via 192.168.0.1, 00:16:34, Serial1/0
C 192.168.0.0/24 is directly connected, Serial1/0


R5# sh ip route
Codes: C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area
N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
o - ODR, P - periodic downloaded static route

Gateway of last resort is not set

C 172.16.0.0/16 is directly connected, Serial1/0
O IA 10.0.0.0/8 [110/192] via 172.16.0.2, 00:17:06, Serial1/0
O IA 192.168.0.0/24 [110/128] via 172.16.0.2, 00:17:11, Serial1/0


R4#sh ip route
Codes: C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area
N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
o - ODR, P - periodic downloaded static route

Gateway of last resort is not set

O IA 172.16.0.0/16 [110/192] via 10.0.0.1, 00:17:18, Serial1/0
C 10.0.0.0/8 is directly connected, Serial1/0
O IA 192.168.0.0/24 [110/128] via 10.0.0.1, 00:17:18, Serial1/0

R0#sh ip route
Codes: C - connected, S - static, R - RIP, M - mobile, B - BGP
D - EIGRP, EX - EIGRP external, O - OSPF, IA - OSPF inter area
N1 - OSPF NSSA external type 1, N2 - OSPF NSSA external type 2
E1 - OSPF external type 1, E2 - OSPF external type 2
i - IS-IS, su - IS-IS summary, L1 - IS-IS level-1, L2 - IS-IS level-2
ia - IS-IS inter area, * - candidate default, U - per-user static route
o - ODR, P - periodic downloaded static route

Gateway of last resort is not set

O IA 172.16.0.0/16 [110/128] via 192.168.0.2, 00:17:58, Serial1/0
C 10.0.0.0/8 is directly connected, Serial1/1
C 192.168.0.0/24 is directly connected, Serial1/0

Entrada da tabela de roteamento ospf do roteador R0

R0#sh ip ospf border-routers

OSPF Process 100 internal Routing Table

Codes: i - Intra-area route, I - Inter-area route

i 192.168.0.2 [64] via 192.168.0.2, Serial1/0, ABR, Area 0, SPF 12
i 192.168.0.2 [64] via 192.168.0.2, Serial1/0, ABR, Area 1, SPF 12


Estado atual do link virtual do OSPF no Roteador R1

R1#sh ip ospf virtual-links
Virtual Link OSPF_VL3 to router 192.168.0.1 is up
Run as demand circuit
DoNotAge LSA allowed.
Transit area 1, via interface Serial1/0, Cost of using 64
Transmit Delay is 1 sec, State POINT_TO_POINT,
Timer intervals configured, Hello 10, Dead 40, Wait 40, Retransmit 5
Hello due in 00:00:01
Adjacency State FULL (Hello suppressed)
Index 1/3, retransmission queue length 0, number of retransmission 1
First 0x0(0)/0x0(0) Next 0x0(0)/0x0(0)
Last retransmission scan length is 1, maximum is 1
Last retransmission scan time is 0 msec, maximum is 0 msec


Dois dias depois…


- Chefe, podemos marcar a reunião, já fiz em laboratório o que você solicitou e funcionou perfeitamente, deu tudo ok.

Pois é galera, agora que nosso amigo já fez a média ele pode ficar mais tranqüilo.


Vamos falar um pouco agora sobre as áreas stub e totally stubby

Para reduzir o tamanho da tabela de roteamento dos roteadores, pode ser necessário a criação de uma área stub, ou seja, quando roteadores externos precisarem falar com as redes internas, os ABR / ASBR que recebem a solicitação, enviam às redes internas a informação como uma rota default, desta forma, quando os roteadores internos forem responder ele usarão também uma rota default para responder, reduzindo assim o tamanho da tabela de roteamento, e no caso das áreas totally stubby, até mesmo as rotas internas serão resumidas sendo apenas necessário uma rota default para chegar a elas porém apenas um detalhe importe: as áreas totally stubby só podem ser configuradas em roteadores cisco.

Bom pessoal nas próximas postagens iremos fazer vídeo-aulas mostrando como configurar tudo o que foi mostrado até agora sobre OSPF.

Nota: Iremos iniciar novas séries de postagens tratando sobre: matemática aplicada a redes de computadores e vbscript.

4 de outubro de 2009

Diodo

Obs.: Material extraído do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_semicondutor, por se tratar de um conteúdo que atende perfeitamente às nossas necessidades. Estarei utilizando como simulador para as práticas de laboratórios de eletrônica o programa workbench, vocês verão muitas coisas legais de eletrõnica, minha segunda paixão.


Diodo semicondutor é um dispositivo ou componente eletrônico composto de cristal semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas são dopadas por diferentes gases durante sua formação.
É o tipo mais simples de componente eletrônico semicondutor, usado como retificador de corrente elétrica. Possui uma queda de tensão de 0,3V e 0,7V dependendo do material que é utilizado.




Aparência real do diodo, no mesmo alinhamento que o seu símbolo. O terminal mais próximo da barra fina é o catodo.

Comportamento em circuitos

O diodo é um componente elétrico que permite que a corrente atravesse-o num sentido com muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum de diodo é o diodo semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de diodo. Diodos semicondutores são simbolizados em diagramas esquemáticos como na figura abaixo. O termo "diodo" é habitualmente reservado a dispositivos para sinais baixos, com correntes iguais ou menores a 1 A.



Quando colocado em um simples circuito bateria-lâmpada, o diodo vai permitir ou impedir corrente através da lâmpada, dependendo da polaridade da tensão aplicada, como nas duas figuras abaixo.




Na imagem da esquerda o diodo está diretamente polarizado, há corrente e a lâmpada fica acesa. Na imagem da direita o diodo está inversamente polarizado, não há corrente, logo a lâmpada fica apagada.

O diodo funciona como uma chave de acionamento automático (fechada quando o diodo está diretamente polarizado, e aberta quando o diodo está inversamente polarizado), a diferença mais substancial é que quando diretamente polarizado há uma queda de tensão no diodo muito maior do que a que geralmente há em chaves mecânicas, no caso do diodo de silício, 0,7 V, assim, uma fonte de tensão de 10 V polarizando diretamente um diodo em série com um resistor, fará com que haja uma queda de tensão de 9,3 V no resistor, pois 0,7 V ficam no diodo.

A dopagem do diodo semicondutor e os cristais P e N

A dopagem no diodo é feita pela introdução de elementos dentro de cristais tetravalentes, normalmente feitos de silício e germânio. Dopando esses cristais com elementos trivalentes, obterá átomos com sete elétrons na camada de valência, que necessitam de mais um elétron para a neutralização (cristal P). Para a formação do cristal P, utiliza-se principalmente o elemento Indio. Dopando os cristais tetravalentes com elementos pentavalentes, obter-se-á átomos neutralizados(com oito elétrons na camada de valência) e um elétron excedente (cristal N).

Para a formação do cristal N, utiliza-se principalmente o elemento Fósforo. Quanto maior a intensidade da dopagem, maior será a condutibilidade dos cristais, pois suas estruturas apresentarão um número maior de portadores livres (lacunas e elétrons livres) e poucas impurezas que impedem a condução da corrente elétrica. Outro fator que influencia na condução desses materiais é a temperatura. Quanto maior for sua temperatura, maior será a condutibilidade pelo fato de que a energia térmica ter a capacidade de quebrar algumas ligações covalentes da estrutura, acarretando no aparecimento de mais portadores livres para a condução de corrente elétrica.

Após dopadas, cada face dos dois tipos de cristais (P e N)terá uma determinada característica diferente da oposta, gerando regiões de condução do cristal, uma com excesso de elétrons, outra com falta destes (lacunas), e entre ambas, haverá uma região de equilíbrio por recombinação de cargas positivas e negativas, chamada de região de depleção (à qual possui uma barreira de potencial).

Junção P-N, ou barreira de potencial

Da mesma forma que os elétrons livres do cristal N se movimentam, as cargas positivas ou lacunas(buracos) conduzem corrente elétrica pelo fato de que uma lacuna é ocupada por um elétron proveniente de uma corrente elétrica que passa sobre o cristal e que força a criação de outra lacuna atrás de si. Entre as duas regiões, uma de maioria negativa, outra de maioria positiva, existe uma terceira, esta de maioria neutra, isto é, nem de carga negativa, nem de carga positiva, é a junção entre ambas, chamada de região neutra da junção P-N. Na região neutra não há excesso de elétrons nem lacunas porque alguns elétrons do material tipo N se difundem pela junção e entram em combinação com algumas lacunas(buracos) do material tipo P, reciprocamente, algumas lacunas(buracos) se difundem pela junção e entram em combinação com alguns elétrons do material do tipo N. Com a passagem de lacunas para a camada N, gera-se um pequeno potencial elétrico positivo e com a passagem de elétrons livres para a camada P, gera-se um pequeno potencial elétrico negativo, gerando uma pequena tensão interna, por isso do nome barreira de potencial, que pode chegar aproximadamente a 0,3 volts nos diodos de germânio e 0,7 volts nos diodos de silício. Essa barreira de potencial causa uma queda de tensão, interferindo na tensão sobre os outros componentes pertencentes ao mesmo circuito do diodo. Quando a tensão a que é submetido o diodo ,alimentado por uma fonte geradora, é menor que sua barreira de potencial(<0,3V ou <0,7V), a corrente elétrica é baixíssima pela oposição ao fluxo de portadores livres feita pela barreira de potencial, porém se a tensão a que for submetido o diodo for mais alta do que sua barreira de potencial, a corrente elétrica torna-se alta e a oposição dos portadores livres feita pela barreira de potencial é pequena em relação a tensão de alimentação, sendo quase desprezível.

Polarização do diodo



Gráfico mostra a curva característica do comportamento do diodo em sua polarização direta e inversa
A polarização do diodo é dependente da polarização da fonte geradora. A polarização é direta quando o pólo positivo da fonte geradora entra em contato com o lado do cristal P(chamado de anodo) e o pólo negativo da fonte geradora entra em contato com o lado do cristal N(chamado de catodo). Assim, se a tensão da fonte geradora for maior que a tensão interna do diodo, os portadores livres se repelirão por causa da polaridade da fonte geradora e conseguirão ultrapassar a junção P-N, movimentando-os e permitindo a passagem de corrente elétrica. A polarização é indireta quando o inverso ocorre. Assim, ocorrerá uma atração das lacunas do anodo(cristal P) pela polarização negativa da fonte geradora e uma atração dos elétrons livres do catodo(cristal N) pela polarização positiva da fonte geradora, sem existir um fluxo de portadores livres na junção P-N, ocasionando no bloqueio da corrente elétrica. Pelo fato de que os diodos fabricados não são ideais(contém impurezas), a condução de corrente elétrica no diodo(polarização direta) sofre uma resistência menor que 1 ohm, que é quase desprezável. O bloqueio de corrente elétrica no diodo(polarização inversa) não é total devido novamente pela presença de impurezas, tendo uma pequena corrente que é conduzida na ordem de microampéres, chamada de corrente de fuga, que também é quase desprezível

Testes com o diodo

Os díodos, assim como qualquer componente eletrônico, operam em determinadas correntes elétricas que são especificadas em seu invólucro ou são dadas pelo fabricante em folhetos técnicos.Além da corrente, a tensão inversa(quando o díodo está polarizado inversamente) também é um factor que deve ser analisado para a montagem de um circuito e que tem suas especificidades fornecidas pelo fabricante. Se ele for alimentado com uma corrente ou tensão inversa superior a que ele suporta, o diodo pode danificar, ficando em curto ou em aberto. Utilizando de um ohmimetro ou um multímetro com teste de díodo, pode-se verificar se ele está com defeito. Colocando-se as ponteiras de prova desses aparelhos nas extremidades do diodo(catodo e ânodo), verifica-se que existe condução quando se coloca a ponteira positiva no ânodo e a negativa no catodo, além de indicar isolação quando ocorre o inverso. Assim o díodo está em perfeitas condições de operação e com isso é possível a localização do catodo e do ânodo, porém se os aparelhos de medição indicarem condução dos dois caminhos do díodo, ele está defeituoso e em curto. Se os aparelhos de medição indicarem isolação nos dois caminhos, ele também está defeituoso e em aberto.

Usos

O fenômeno da condutividade em um só sentido é aproveitado como um chaveamento da corrente elétrica para a retificação de sinais senoidais, portanto, este é o efeito diodo semicondutor tão usado na eletrônica, pois permite que a corrente flua entre seus terminais apenas numa direção. Esta propriedade é utilizada em grande número de circuitos eletrônicos e nos retificadores.
Os retificadores são circuitos elétricos que convertem a tensão CA (AC) em tensão CC (DC). CA vem de Corrente alternada, significa que os elétrons circulam em dois sentidos, CC (DC), Corrente contínua, isto é circula num só sentido.
A certa altura o potencial U , formado a partir da junção n e p não deixa os eletrons e lacunas movimentarem-se, este processo dá-se devida assimetria de cargas existente.

Tipos de diodos semicondutores

Os diodos são projetados para assumir diferentes características: diodos retificadores são capazes de conduzir altas correntes elétricas em baixa freqüência, diodos de sinal caracterizam-se por retificar sinais de alta freqüência, diodos de chaveamento são indicados na condução de altas correntes em circuitos chaveados.

2 de outubro de 2009

OSPF - Múltiplas Áreas

OSPF Múltiplas áreas

O segredo do OSPF Múltiplas áreas está no roteamento hierárquico, mas o que vem a ser este tipo de roteamento?

Antes de explicarmos criemos um cenário:

Imaginem uma área OSPF com 300 redes interligadas, agora pensem na quantidade de cálculos e recálculos para as tabelas de roteamento quando houvesse alterações na rede, imaginaram? Pois é pessoal, a CPU dos roteadores envolvidos iriam entrar em colapso nervoso; uma outra problemática seria a tabela de link state, seria enorme, cada roteador teria que ter informação sobre cada uma das 300 redes, ufa que sufoco!!!
Mas nem tudo está perdido, o OSPF pode dividir uma rede como está em áreas menores ai é que entra o roteamento hierárquico, ou seja, separar uma grande rede em áreas pequenas.

Vamos aprender agora sobre os tipos de roteadores envolvidos numa rede com múltiplas áreas:

                   

Está representação acima nos dá uma idéia da disposição dos roteadores envolvidos numa rede com múltiplas áreas, então vejamos cada um deles:

O roteador interno, como o próprio nome já diz, está preocupado apenas com sua área, por este motivo, o tipo de LSA (Link-State Advertisements) é 1, sendo assim os anúncios ocorrem apenas na área determinada.

O roteador ABR (Area Border Router) está interligado em duas áreas diferentes sendo que uma delas é a de backbone, ou como queiram, a área 0, este roteador envia as atualizações resumidas das sub-redes dentro da área interna enviando para a área de backbone*, e é na área de fronteira que deve ser feita a sumarização,  este é o lugar onde o LSAs tipos 3 fazem uso das atualizações de roteamento reduzidas para minimizar a sobrecarga na tabela de roteamento em ambas as redes.

O roteador ASBR (Autonomous System Boundary Router) tem uma perninha fora da rede OSPF e, portanto, em outro AS (Sistema Autônomo), usa o tipo 5 de LSA que descreve as rotas para outros Sistemas Autônomos.

Bom pessoal existem outros tipos de LSA (2,4,6 e 7) mas não iremos tratar sobre estes pelo menos por agora, mas continuemos...

Vamos entender agora como os roteadores montam sua tabela de roteamento, vale lembrar que essa informação é um overview, porque a forma é muito mais complexa:

Dentro das áreas internas vocês já sabem, já foi explicado na postagem OSPF;
Em seguida o ABR vê o resultado das áreas internas e gera o LSA de resumo;
Os LSA de resumo são distribuídos para os outros ABR;
Quando os roteadores ABR e ASBR recebem os LSA resumidos, ele inclui em sua base de dados e faz o flood para sua rede local.

Macete: Para reduzir a quantidade de números das rotas mantidas pelos roteadores insternos, você pode definir a área como uma rede que não aceita informações sobre rotas externas do OSPF, agora se eles precisarem rotear para fora, eles podem usar uma rota default.

Então, com tudo isso, vejam que se tiver um problema, do tipo interface que fica o tempo todo up e down isso não será reportado para todas as áreas interligadas, mas ficará por ali mesmo, na área interna, olha que beleza!!!


* A área de backbone é onde todas as outras áreas deverão se conectar para trocar informações, porém, como para tudo tem um jeito, é possível ter uma nova rede que na esteja “fisicamente” conectada a área 0, através de um enlace virtual, explicaremos mais tarde sobre este tipo de enlace.


Bom pessoal por hoje é só, amanhã virei com mais informações, e não se esqueçam, quando terminarmos a parte teórica, que acredito terminas amanhã, iremos fazer uma prática usando o GNS3 numa rede OSPF múltiplas áreas.


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